Está na moda recomeçar.
Recomeçar a vida profissional em outra carreira.
Recomeçar a vida amorosa em outro relacionamento.
Recomeçar a vida financeira com minimalismo/desapego/simplicidade voluntária.
Recomeçar a jornada em um novo caminho.
Hoje queremos romper barreiras, grilhões, títulos, dores e zonas de conforto.
Queremos grandes mudanças, daquelas que rendem histórias, sites, filosofias de vida e palestras.
Eu mesma me encaixo em todas as categorias acima. Romper com tudo sempre foi a minha atitude padrão. Deixar para trás, partir e renovar.
Mas agora olho para o mundo e vejo uma série de estruturas importantes ruindo pelo descompromisso, pela inquietude impensada. Agora penso em quantas vezes a grandeza deveria ter falado mais alto e eu deveria trabalhar mais os processos e menos as partidas.
Construções são feitas tijolo a tijolo, dia a dia, parte por parte. E eu querendo soluções rápidas, estruturas perfeitas, atrito zero e conforto máximo.
Como construir sem resistência, dissabores, percalços e superações? Como construir sem resiliência?
Aliás, será que o recomeço constante constrói algo inteiro?