Durante muito tempo classifiquei-me como uma buscadora.
Seguia, pelo caminho, sempre achando que estava na rota errada. E me questionava qual tinha sido a curva onde me enganei, qual foi o cruzamento que peguei errado, se estava na velocidade certa, se tinha visto o mapa errado.
Seguia, procurando o meu caminho, buscando o que deveria ser o certo.
Há algumas semanas descobri que sempre estive no caminho certo. Que nunca há nenhuma rota errada. Que somos viajantes de rotas únicas, que formam peregrinos de orações ímpares.
Que somos fruto daquilo que vivemos e absolutamente nenhum trecho foi engano. Pode ter sido íngreme, difícil de atravessar, com quedas e lesões. Mas foi o caminho que tive que cruzar para hoje ser a pessoa que sou e cumprir a missão que tenho.
Ressignifiquei minha condição. Hoje sou uma exploradora, aquela que observa todos os cantos de cada pedacinho da estrada, descobrindo belezas, bênçãos e encantamentos.
Eu não busco mais nada. Tudo está (e sempre esteve) dentro de mim. E há tanto a explorar!
Que a beleza se faça presente em cada trecho!
Aho!